terça-feira, 3 de maio de 2011

Now watch what you say or they'll be calling you a radical...

Vemos todos os dias ecoar por nossas casas, as vozes de jornalistas que anunciam os últimos dados econômicos de Wall Street, os sucessos do país economicamente mais rico do cenário global, riqueza que foi construida a todo tipo de custo, custos humanos, sangue, mentiras e a construção de um verdadeiro cerco a todos os países que não se alinhassem politicamente com o sua ideologia e seu sistema político. Um país que abertamente influi em todos os governos durante as grandes guerras, mas especialmente na guerra fria, apoiando os golpes militares, enviando tropas, influindo nos processos políticos de países da Europa e da América Latina, incluindo o nosso já espoliado país.

Sim, esse país não apenas suportou séculos de exploração econômica, não foi apenas um dos berços do capitalismo comercial de Portugal e da Inglaterra, foi também uma marionete política a favor dos interesses econômicos das multinacionais, dos banqueiros e do governo dos Estados Unidos que interveio na história do pior desastre político da história do Brasil: o golpe de 64.

Atualmente podemos falar com certeza sobre o papel dessa grande potência expansionista no processo que derrubou o governo de João Goulart, ajudando ativamente os militares a tomarem o poder político, a Agência Central de Inteligência plantando preparando através dos jornais em propaganda e monitoração da informação que chegava ao povo. Vemos a mão dos "novos romanos" fechando o congresso e declarando vago o cargo de presidente, além de todas as arbitrariedades já cometidas, as inúmeras técnicas de tortura importadas pelos agentes da CIA, e perpetradas pelas forças armadas numa repressão cega a todos os que pensavam de modo diferente dos militares, incluindo um grande número de civis que não participavam da vida política do país por fatores econômicos e por uma educação cada vez mais "neutra". Não foi a toa que a Filosofia foi varrida das escolas quando os militares tomaram o poder. Talvez, em sua versão acadêmica, ela poderia não incomodar tanto desde que estivesse sob influência direta do governo federal que sempre foi centralizador e que continua sendo em suas variadas decisões, desconsiderando as realidades regionais, destarte a assim proclamada autonomia das autarquias universitárias.

Fomos obrigados a ver a Filosofia como subversiva, mas ao mesmo tempo somos estimulados a não acreditar que existam espiões ou que eles não influem em nossas vidas, que certas idéias apenas por serem pouco usuais, diferentes não podem surgir numa conversa considerada normal entre as pessoas. Assim, não desconfiamos muitas vezes de que a realidade é muito mais contundente do que qualquer filme de James Bond ou que tenha Matt Damon como o habilidoso e procurado Jason Bourne, até porque muito do que está nesses filmes poderia ser verdadeiro em certo sentido. Não digo tanto James Bond, mas alguns elementos da Trilogia Bourne podem fornecer uma visão alternativa do que seja o EUA e a guerra contra o terrorismo.

Vemos todos os dias, golpes serem preparados através da legitimação realizada pela impressa de vários países, por isso, devemos manter os olhos abertos e desconfiar de nossas fontes não tão confiáveis do telejornalismo e pensar nas inúmeras implicações políticas das pessoas que trabalham na imprensa, quando pensarmos que o EUA está manipulando toda a informação com muita facilidade, os pronunciamentos, fechando a porta na cara dos jornalistas ávidos de notícias como o trabalhador ávido de receber seu mísero salário pelo empregador.


Tudo sobre a morte de Osama Bin Laden é sintomático, todos os pronunciamentos, os erros, o medo difundido por todos os países da Europa, as intervenções nos diversos países do Oriente Médio onde convergem os interesses econômicos dos EUA, lembremos que é lá que se encontra uma das maiores reservas de petróleo do mundo e que o Brasil entrou para o G-20 após a descoberta e a exploração do petróleo do pré-sal. Não é díficil saber que nesse enredo pode se encontrar muitos nós.


jamais colocarei um arquivo aqui para não dizerem que quero ressucitar Osama bin Laden e depois dizerem que estou postando vírus por aí. Ora, mas vejam só, este aviso é muito conveniente, até demais. Não usem o email para desmobilizar a informação dos EUA pelo mundo. É mais complicado se comunicar atualmente do que depois do mito da torre de Babel!!!

Um comentário:

Fernando Faria disse...

Parabéns! Ótimo texto!